Morning Call: Seu Futuro Rico em 29 de janeiro

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Morning Call: Seu Futuro Rico em 29 de janeiro

Dólar em queda

Nos últimos dias, acompanhei um movimento interessante no câmbio. O dólar registrado sua sétima queda consecutiva frente ao real, atingindo R$ 5,86. Esse recuo reflete uma correção após a forte valorização de 27,34% em 2024. Em janeiro, a moeda americana já perdeu 5% de seu valor. Esse cenário indica que os investidores estão ajustando suas posições, talvez antecipando uma postura mais branda do Fed nos juros. Para mim, esse movimento reforça a necessidade de acompanhar os próximos passos da política monetária global, pois qualquer sinal de mudança nos Estados Unidos pode inverter essa trajetória do dólar.

Ibovespa em baixa

Ontem, observei o Ibovespa fechar em queda de 0,65%, encerrando o pregão aos 124 mil pontos. O que percebeu foi uma realização de lucros após a alta forte da segunda-feira, um movimento esperado depois de dias positivos. Esse tipo de oscilação é comum em momentos de ajustes no mercado. Os investidores aproveitaram os ganhos financeiros para vender ações e embolsar lucros. A ausência de um vetor de volatilidade também contribuiu para essa acomodação. Para mim, esse retrocesso não significa uma tendência de queda, mas sim uma pausa natural em um mercado que ainda pode ter espaço para novas valorizações.

Mercado americano recupera perdas

Olhando para Wall Street, percebi que a volatilidade também marcou o pregão por lá. O índice Nasdaq chegou a cair 3% durante o dia, mas se recuperou e fechou em alta. Esse comportamento me chamou a atenção porque reflete a resiliência do mercado americano, mesmo diante de desafios como incertezas na política monetária e impactos das eleições presidenciais. Esse movimento também sugere que os investidores ainda acreditam no crescimento das empresas de tecnologia, que sofreram maior impacto na queda. Para mim, uma recuperação rápida reforça a força da economia dos EUA e a necessidade de acompanhar de perto os próximos indicadores.

Expectativa para a ‘Super Quarta’

Hoje, minha atenção está totalmente voltada para a “Super Quarta”, dia em que teremos decisões de juros tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. O que espero é que o Fed interrompa o ciclo de cortes nesta reunião, mas sinalize pelo menos duas cortes ao longo de 2025. Essa possibilidade reflete a preocupação com a inflação americana, que ainda está acima da meta de 2%. No Brasil, o impacto será grande. Qualquer movimento inesperado do Fed pode gerar turbulências no câmbio e nos juros. Para mim, essa é uma das reuniões mais importantes do ano, com reflexos globais.

Política monetária no Brasil

No Brasil, estou acompanhando atentamente as projeções do Copom. Tudo indica que o Banco Central deve elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, chegando a 13,25% ao ano. Essa decisão faz sentido diante dos riscos inflacionários que vêm se materializando. Além disso, há expectativa de um novo aumento de 1 ponto percentual na reunião de março, levando a Selic a 14,25%. Para mim, esse movimento sinaliza que o BC está disposto a restringir as condições monetárias para conter a inflação. No entanto, os juros mais altos também impactam o crédito e o crescimento económico, o que exige um equilíbrio delicado.

Inflação e juros

Olhando para os dados inflacionários, percebemos que a inflação nos EUA continua acima da meta de 2%, mesmo com um aquecimento gradual. No Brasil, o cenário também preocupante, já que os riscos inflacionários vêm se consolidando. Por isso, além das duas altas de 1% previstas na Selic, há a possibilidade de um terceiro aumento de 0,75%, o que poderia levar a uma taxa básica para 15% ao ano. Para mim, esse cenário reforça que o Banco Central precisa agir com firmeza para conter a inflação, mas sem comprometer demais o crescimento da economia, que já enfrenta desafios significativos.

Crescimento do crédito

Um dos pontos que venho analisando é o comportamento do crédito no Brasil. Em 2024, a carteira de crédito do sistema financeiro nacional cresceu 10,9%, superando os 8,1% registrados em 2023. Isso significa que, mesmo com juros altos, houve uma expansão do crédito, atingindo um saldo histórico de R$ 7 ,42 trilhões. No entanto, os últimos meses demonstraram uma desaceleração desse crescimento. Para mim, esse dado é relevante porque indica que, apesar das dificuldades, a demanda por crédito se manteve forte, mas pode perder fôlego caso os juros sigam elevados por um período prolongado.

Inadimplência em queda

Outro dado que me chamou a atenção foi a inadimplência. Entre as famílias, o índice caiu para o menor nível desde junho de 2022, o que é um sinal positivo de melhoria no pagamento das dívidas. No entanto, para as empresas, a inadimplência ainda não havia iniciado um ciclo de surto, mas agora atingiu o menor nível desde março de 2023. Esse movimento está alinhado com a retomada econômica e com a melhoria do crédito. Para mim, essa redução da inadimplência é um bom indicador de que as condições financeiras das famílias e empresas estão se estabilizando, mesmo em um ambiente de juros elevados.

Arrecadação Federal em alta

A arrecadação federal fechou dezembro com um recorde de R$ 261,3 bilhões, um crescimento real de 9,6% no ano. Esse resultado ajudou a reduzir o déficit primário, que agora está estimado em US$ 40,8 bilhões. O que me chamou a atenção foi que todos os tributos apresentaram crescimento positivo, diminuindo um aumento na atividade econômica e no consumo. Essa melhoria nas contas públicas é importante, mas não significa que o governo possa relaxar. Para mim, 2025 ainda será um ano desafiador, e o controle dos gastos será essencial para manter a estabilidade fiscal e evitar uma nova crise.

Desafios fiscais em 2025

Apesar dos números positivos de arrecadação e redução do déficit, vemos que o Brasil ainda tem um grande desafio fiscal pela frente. O governo precisa equilibrar as contas públicas e manter os gastos sob controle para evitar uma restrição fiscal. A arrecadação melhorou em 2024, mas não significa que 2025 será fácil. Ainda há muitos pontos de atenção, como o aumento das despesas e o impacto das políticas econômicas no crescimento do país. Para mim, a responsabilidade fiscal precisa ser uma prioridade para garantir a confiança dos investidores e evitar uma crise financeira no futuro.

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