Diário das Commodities Seu Futuro Rico  de 23 de dezembro

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Movimento dos futuros de grãos:

Soja teve uma queda acumulada de 8 centavos por alqueire na semana:

O mercado de soja encerrou a semana com uma leve desvalorização, acumulando uma queda de 8 centavos por alqueire. Esse movimento expressa as pressões externas, como as expectativas de uma safra recorde no Brasil, que aumentou a oferta global, e a volatilidade cambial, que favoreceu as exportações brasileiras. Apesar disso, a soja ainda permanece em níveis competitivos, sinalizando potencial de recuperação no curto prazo.

Milho aumentou 4 centavos por alqueire:

Os contratos futuros de milho registraram uma alta moderada de 4 centavos por alqueire na semana. Este aumento foi impulsionado pelas expectativas de redução na área de soja em favor do milho no próximo ciclo agrícola. Além disso, as condições climáticas específicas em algumas regiões também foram desenvolvidas para o otimismo dos investidores. No entanto, o cenário de curto prazo ainda aponta para limitações nos ganhos, devido ao aumento da oferta global.

Trigo recuperou 17 centavos por alqueire:

O trigo teve um desempenho positivo, encerrando uma semana com uma recuperação de 17 centavos por alqueire. Essa valorização foi atribuída à maior demanda internacional, especialmente em um momento em que a oferta global enfrenta incertezas climáticas. Além disso, as mudanças nos mercados e os reajustes na logística de exportação foram desenvolvidos para essa recuperação, consolidando um cenário mais otimista para o grão no curto prazo.

O milho janeiro/25 na B3 caiu R$ 1,08 por saca:
Os contratos de milho para janeiro de 2025 na B3 sofreram uma queda de R$ 1,08 por saca, refletindo a pressão do mercado doméstico e externo. O aumento da oferta prevista para a safra 2024/25 e a valorização do dólar frente ao real influenciaram diretamente os preços. Essa desvalorização reforça os desafios que o mercado de milho enfrentará, especialmente em um cenário de grande oferta e alta competitividade global.

Volatilidade e expectativa da safra no Brasil:

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Expectativa de uma safra recorde de soja no Brasil, estimada acima de 170 milhões de toneladas:

A safra de soja no Brasil tem gerado expectativas recordes, com uma projeção superior a 170 milhões de toneladas. Esse aumento significativo na produção é impulsionado por investimentos em tecnologia agrícola e condições climáticas detalhadas em diversas regiões produtos. No entanto, o excesso de oferta poderá pressionar os preços no mercado interno e externo, especialmente num cenário de alta competitividade com outros grandes exportadores, como os Estados Unidos.

Forte volatilidade cambial, com o Real desvalorizado e o dólar alcançando R$ 6,31:

A volatilidade no câmbio brasileiro foi destaque na semana, com o real desvalorizando frente ao dólar, que atingiu o patamar de R$ 6,31. Esse movimento refletiu incertezas em relação à política fiscal do governo e à postura de investidores estrangeiros, que reduziram sua exposição no mercado local. Como consequência, o Banco Central precisou intervir no câmbio, mas a desvalorização continua a impactar os preços e as exportações agrícolas.

Intervenção do banco central no câmbio:

BC queimou US$ 27 bilhões em reservas cambiais desde 12 de dezembro para conter a volatilidade:

Desde o dia 12 de dezembro, o Banco Central brasileiro investiu US$ 27 bilhões de suas reservas cambiais para conter a volatilidade do câmbio. Essas intervenções incluíram operações de venda à vista e ajustes no mercado futuro, buscando estabilizar o real frente ao dólar. Apesar dos esforços, o impacto total ainda é incerto, com o dólar permanecendo em alta e direcionando diversos setores da economia, inclusive o agronegócio.

A curvatura de juros chegou a superar 16% ao ano, com rompimento recente:

A curva de juros no Brasil atingiu níveis superiores a 16% ao ano durante uma semana, refletindo o estresse no mercado financeiro. Esse pico foi influenciado por fatores como a incerteza fiscal e a volatilidade cambial, que elevaram os prêmios de risco. No entanto, o mercado apresentou sinais de alerta nos últimos dias, indicando que a situação pode estar começando a se estabilizar, embora os desafios ainda persistam.

Impacto nos preços da soja brasileira:

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A recente desvalorização do real frente ao dólar trouxe implicações significativas para a competitividade da soja brasileira no mercado internacional. Com o câmbio mais favorável, os preços da soja do Brasil ficaram mais interessantes para compradores estrangeiros, especialmente para países como a China, que intensificaram suas compras nas últimas semanas. Essa concorrência aumentou pressionou os preços da soja americana, que registraram quedas notáveis ​​no pregão de quarta-feira.

Além disso, a expectativa de uma safra recorde de soja no Brasil, aliada à grande oferta global, intensificou a pressão sobre os preços. Com um programa de exportações projetado para atingir 105 milhões de toneladas no próximo ano, a soja brasileira está consolidando sua posição como líder mundial no mercado. No entanto, o excesso de oferta e a volatilidade cambial continuam a ser fatores que podem limitar os ganhos do sector nos próximos meses.

Projeções para o milho:

Expectativa de redução na área plantada de soja e aumento na área de milho no Brasil:

Há uma tendência de redução na área destinada ao cultivo de soja no Brasil, com um aumento significativo na área plantada de milho. Isso ocorre devido à expectativa de melhores retornos financeiros e à crescente demanda por milho no mercado interno e externo. Essa mudança no planejamento agrícola reflete a adaptabilidade dos produtores diante das variações de mercado e do impacto das projeções de oferta e demanda.

Projeção de 20 milhões de toneladas adicionais na oferta de milho para a temporada 2024/25:

A safra de milho no Brasil para 2024/25 deve registrar um incremento substancial na oferta, com projeções de até 20 milhões de toneladas adicionais. Esse aumento é resultado da expansão da área plantada e do uso de tecnologias avançadas na produção. Uma maior oferta poderá pressionar os preços no mercado interno, mas também consolidará o Brasil como um dos maiores exportadores globais de milho.

Demanda Chinesa e Queda nas Vendas:

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Apesar de uma recente intensificação nas compras de soja brasileira pela China, as vendas totais do grão tiveram uma queda de 37% em relação à média do período. Esse cenário reflete um conjunto de fatores, como a desaceleração econômica chinesa, que impacta diretamente o consumo interno, e os estoques acumulados nos meses anteriores.

Outro ponto relevante é a competitividade acirrada entre os grandes exportadores globais. Com o Brasil oferecendo soja a preços mais agressivos devido à desvalorização cambial, as margens de lucro competitivas. Mesmo com a alta demanda por farelo de soja, que poderia estimular o consumo, a desaceleração do setor suinícola na China restringiu o crescimento das vendas.

A longo prazo, espera-se que a retomada gradual do consumo interno chinês e a adaptação às novas dinâmicas do mercado possam contribuir para uma recuperação no volume de exportações brasileiras.

Mudanças Climáticas no Pacífico:

O resfriamento das águas do Pacífico na região 3,4 pode reduzir frentes frias na Argentina e no sul do Brasil:

O resfriamento das águas do Pacífico na região 3,4 tem o potencial de alterar os padrões climáticos, impedindo a frequência e a intensidade das frentes frias na Argentina e no sul do Brasil. Esse aspecto pode levar a condições de estimativa em áreas agrícolas importantes, comprometendo o desenvolvimento dos trabalhos durante as fases críticas do ciclo produtivo.

Isso pode levar a impactos negativos no rendimento das culturas de soja:

A redução das frentes frias e a menor disponibilidade hídrica podem afetar diretamente o rendimento das culturas de soja. Sem chuvas regulares, as plantas enfrentam estresse hídrico, prejudicando o abastecimento dos grãos e a qualidade final da produção. Como consequência, a produtividade pode ser significativamente reduzida em regiões tradicionalmente dependentes de condições climáticas mais resultados.

Alta no farelo e reflexos no mercado:

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O preço da soja teve alta de mais de 3% em Chicago, puxando os preços da soja:

Os contratos de farelo de soja registraram uma alta superior a 3% na Bolsa de Chicago, movimento que impactou positivamente os preços da soja em geral. A valorização reflete um aumento na demanda por produtos derivados, impulsionando o mercado no curto prazo. Esse movimento sugere otimismo entre os investidores, mesmo com a pressão de oferta crescente vinda do Brasil.

Prêmios na Argentina para embarques de curto prazo também firmaram no mercado:

Os prêmios da soja na Argentina para embarques de curto prazo se firmaram, refletindo a demanda aquecida por produtos da região. Apesar dos desafios enfrentados pelo setor agrícola argentino, como a alta inflação e problemas logísticos, a competitividade da soja local manteve os prêmios em níveis atrativos. Esse cenário reforça a importância do país no mercado global de soja e seus resultados.

Petróleo e minérios

Os mercados de commodities realizaram movimentações relevantes recentemente, com o petróleo registrando um nível de aumento de 0,4%, alcançando US$ 73 por barril. Esse avanço reflete uma combinação de fatores, incluindo uma recuperação moderada da demanda e ajustes na oferta global por parte dos principais produtores. No setor de mineração, as minérios de ferro também apresentaram ganhos significativos, subindo 2% e atingindo o valor de US$ 101 por tonelada. Esse movimento foi impulsionado por sinais de retomada da atividade industrial nas economias asiáticas, especialmente na China, principal consumidor global dessa commodity. Essas valorizações destacam o papel central das commodities na formação dos preços globais, atuando como indicadores de tendências econômicas e de crescimento. No entanto, a volatilidade permanece uma característica marcante desses mercados, exigindo atenção contínua por parte de investidores e formuladores de políticas econômicas, que buscam antecipar possíveis choques e oportunidades futuras.

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