Diário das Commodities: Seu Futuro Rico de 05 de fevereiro

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Diário das Commodities: Seu Futuro Rico de 05 de fevereiro

Aumento de tarifas sobre produtos americanos


A China anunciou tarifas entre 10% e 15% sobre uma série de produtos americanos a partir do dia 10 deste mês. Isso inclui caminhonetes, equipamentos agrícolas, gás natural, carvão e petróleo. Essas medidas afetaram cerca de 10 bilhões de dólares em exportações dos EUA. Essa decisão faz parte de uma retaliação econômica da China em meio às tensões comerciais entre os dois países. O impacto pode ser significativo, especialmente para setores estratégicos como o agrícola e energético. Além disso, a medida pode influenciar diretamente os preços desses produtos no mercado internacional, refletindo no comércio global.

Investigação chinesa contra o Google


Além das tarifas sobre produtos americanos, a China também iniciou uma investigação contra o Google. Pequim acusa a gigante tecnologia americana de práticas anticompetitivas, uma ação que pode afetar empresas de tecnologia em nível global. O governo chinês tem buscado limitar a influência de empresas estrangeiras em setores estratégicos. Esta investigação pode ter implicações sobre o fornecimento de serviços digitais e publicidade online na China. Além disso, a medida é vista como parte do debate mais amplo entre os dois países no setor de tecnologia, que já inclui restrições a empresas como Huawei e TikTok nos Estados Unidos.

Restrições chinesas sobre exportações estratégicas


A China também reforçou as restrições sobre a exportação de materiais estratégicos, incluindo terras raras. Esses elementos são fundamentais para a produção de eletrônicos, baterias e equipamentos militares. A decisão impacta diretamente os Estados Unidos, que depende fortemente da China para o fornecimento desses insumos. Isso pode levar a um aumento no preço de dispositivos eletrônicos e componentes industriais ao redor do mundo. Essa política é vista como um contra-ataque à tentativa dos EUA de limitar o acesso da China a tecnologias avançadas. As empresas americanas precisam buscar alternativas para garantir o fornecimento desses materiais.

Impacto sobre o acordo comercial de 2020


Ao incluir o gás natural e o petróleo na lista de produtos tarifados, a China praticamente inviabiliza o cumprimento do acordo comercial acordado em 15 de janeiro de 2020. Esse pacto prévio que a China compraria 200 bilhões de dólares em produtos americanos entre 2020 e 2021. No entanto, com a pandemia e as políticas específicas, apenas 53% desse compromisso foi cumprido. A nova rodada de tarifas sinaliza que Pequim não pretende retomar completamente esse acordo, o que pode levar a novos juros comerciais. Isso também pode gerar impactos na economia global, especialmente no setor energético.

Suspensão de tarifas em 2020


Como parte do acordo de 2020, os Estados Unidos suspenderam tarifas sobre 162 bilhões de dólares em produtos chineses. Em contrapartida, a China suspendeu tarifas de mais de 75 bilhões de dólares em produtos americanos, incluindo carnes, soja e petróleo. Essas suspensões foram essenciais para aliviar a guerra comercial entre os países. No entanto, com a nova tarifa tarifária, esse equilíbrio pode ser perdido. Isso significa que empresas de ambos os países podem enfrentar novos desafios logísticos e financeiros. Além disso, a reimposição de tarifas pode resultar em um aumento de preços para consumidores e produtores.

Recorde na compra de milho pela China


Em 14 de julho de 2020, a China realizou a maior compra de milho da história dos Estados Unidos, adquirindo 1,77 milhão de toneladas em um único dia. Isso demonstrou a forte dependência da China de commodities agrícolas americanas, mesmo em meio à guerra comercial. Essa compra também reforçou o papel estratégico dos produtos agrícolas nas negociações comerciais entre os países. Com uma nova rodada de tarifas e restrições, o fluxo comercial pode ser impactado. Isso pode gerar instabilidade nos preços do milho e de outras commodities, afetando diretamente produtores e exportadores americanos.

A influência do petróleo e do gás natural no acordo comercial


Caso os EUA e a China desejem retomar o acordo de 2020, o petróleo e o gás natural desempenhariam um papel crucial. Esses produtos são essenciais para a economia chinesa, e as compras americanas ajudariam a equilibrar a balança comercial entre os dois países. No entanto, com as novas tarifas, esse cenário se torna mais difícil. Os Estados Unidos podem buscar outros mercados para exportar seus produtos energéticos, enquanto a China pode fortalecer laços comerciais com países como Rússia e Irã. Isso altera o cenário energético global e pode influenciar diretamente os preços desses combustíveis.

O impacto da guerra comercial sobre a soja


O mercado de soja já vive uma intensa disputa entre Estados Unidos e Brasil desde a eleição de Donald Trump. A China comprou 123 embarcações de soja americana após a vitória de Trump, mas grande parte dessas compras foi feita por estatais para reservas estratégicas. As traders privadas chinesas expandiram comprando majoritariamente do Brasil, mas em volumes menores do que no ano anterior. Isso gerou incertezas para os produtores brasileiros, que precisam lidar com um cenário de maior concorrência e preços voláteis. Com a nova escalada da guerra comercial, esse mercado pode sofrer ainda mais mudanças.

Estoques de soja chineses em risco


A soja brasileira entrou no período de embarque para dezembro e janeiro com apenas 30 navios vendidos para a China, um número considerado muito baixo. Além disso, dos 7 milhões de toneladas compradas pela China, apenas 700 milhões de toneladas foram embarcadas até o final de janeiro. Esse atraso pode levar a uma rápida queda nos estoques de soja chinesa. Para evitar o desabastecimento, a China pode intensificar seus leilões internos de soja, aumentando a demanda no futuro próximo. Isso pode gerar impactos diretos sobre os preços internacionais e forçar negociações emergentes entre produtores e compradores chineses.

Incertezas no mercado de soja no segundo semestre


A transição entre a safra de soja brasileira e americana será um desafio no segundo semestre. As especificações chinesas precisarão cobrir o período entre outubro e janeiro, dependendo fortemente das regiões brasileiras. Com os estoques chineses baixos e as compras americanas impactadas pela guerra comercial, o cenário se torna incerto. O Brasil pode se beneficiar desse contexto, aumentando suas exportações para a China. No entanto, se as ofertas comerciais levarem a novas restrições, os produtores brasileiros também podem ser afetados. Essa incerteza será um fator crucial para a formação dos preços da soja nos próximos meses.

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