Diário das Commodities: Seu Futuro Rico de 21 de janeiro

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Diário das Commodities: Seu Futuro Rico de 21 de janeiro

Alta nos contratos de soja: Os contratos para março subiram cerca de 20 centavos por bushel, enquanto os contratos mais longos aumentaram apenas 10 centavos.


Os contratos futuros de soja para março apresentaram uma significativa valorização no mercado, com alta de quase 20 centavos por bushel. Esse movimento reflete o impacto de diversos fatores, incluindo a preocupação com o clima em regiões produtoras, como a Argentina, e as mudanças nas projeções de oferta e demanda globais. Enquanto isso, os contratos de vencimento mais longo subiram de forma mais moderada, com aumento de 10 centavos. Essa disparidade indica que os traders estão mais preocupados com o curto prazo, especialmente devido à crescente demanda da China e ao atraso na colheita brasileira. A possibilidade de uma menor oferta no início do ano contribui para o aumento nos preços dos contratos mais próximos, enquanto a estabilização das chuvas no médio prazo pode justificar o comportamento menos expressivo nos contratos de vencimento posterior. O cenário segue incerto, com influências climáticas e comerciais ditando os movimentos do mercado.

Impacto do clima na Argentina: Onda de calor atinge regiões como Córdoba, Entre Rios e Santa Fé, com chuvas abaixo do esperado, afetando soja e milho.


A Argentina enfrenta condições climáticas adversas que afetam diretamente suas principais áreas de produção agrícola, como Córdoba, Entre Rios e Santa Fé. Uma intensa onda de calor está atingindo essas regiões, elevando as temperaturas a níveis críticos e colocando em risco o desenvolvimento das lavouras de soja e milho. Apesar das previsões de chuvas no último final de semana, os volumes registrados foram menores do que o esperado, proporcionando pouco alívio para o solo já seco. Isso é preocupante, pois a soja está entrando em sua fase crítica de desenvolvimento em fevereiro, enquanto o milho, plantado em outubro, está próximo do período de pendoamento, que exige umidade adequada. As condições desfavoráveis já levaram à revisão de estimativas de produção de milho, e há risco de que a produção de soja também seja impactada. O clima na Argentina segue como um fator de alta no mercado internacional.

Redução no potencial produtivo do milho: A Bolsa de Rosário revisou a estimativa de produção de milho de 52 milhões para 48 milhões de toneladas, enquanto a soja ainda está projetada em 52 milhões.


As condições climáticas adversas na Argentina já refletem nas projeções de produtividade do milho. A Bolsa de Rosário revisou suas estimativas de produção, reduzindo o potencial do grão de 52 milhões para 48 milhões de toneladas. Essa queda reflete os efeitos das altas temperaturas e da escassez de chuvas em regiões-chave, como Córdoba, Entre Rios e Santa Fé. O milho, que foi plantado em outubro, está próximo do período de penduramento, um estágio crucial que demanda umidade adequada para garantir o desenvolvimento dos grãos. No entanto, as chuvas previstas para o último final de semana foram insuficientes, elevando as preocupações sobre perdas adicionais. Em contraste, a projeção para a soja permanece inalterada, com 52 milhões de toneladas, mas os produtores estão atentos ao impacto do clima nos próximos meses. A redução na produção de milho acende alertas sobre oferta global, influenciando os preços nos mercados internacionais.

Chuvas irregulares no Brasil: No Rio Grande do Sul, as chuvas foram mal distribuídas, e regiões do Mato Grosso do Sul enfrentam escassez, afetando o potencial produtivo da soja.


O Brasil, maior exportador global de soja, enfrenta desafios climáticos que comprometem o potencial produtivo em algumas regiões. No Rio Grande do Sul, as chuvas foram extremamente irregulares durante o último final de semana, com volumes pequenos em muitas áreas. Regiões centrais e ao sul do estado sofrem com redução de precipitações, enquanto apenas o noroeste e o norte receberam volumes ligeiramente maiores. Essa distribuição desigual compromete o desenvolvimento da soja, que precisa de umidade constante durante sua fase crítica de enchimento de grãos. Situação semelhante ocorre no Mato Grosso do Sul, onde o sul do estado enfrenta escassez de chuvas, agravando as dificuldades para os produtores. A irregularidade climática gera incerteza quanto ao tamanho final da safra brasileira, elemento essencial para a definição de preços no mercado internacional, especialmente devido à alta dependência da China por soja brasileira.

Redução de chuvas no Centro-Oeste: Em estados como Mato Grosso, Goiás e Tocantins, a diminuição das chuvas beneficia a colheita de soja em andamento.


A redução no volume de chuvas no Centro-Oeste brasileiro trouxe um efeito positivo para os produtores de soja, especialmente nas fases iniciais da colheita. Estados como Mato Grosso, Goiás e Tocantins enfrentaram períodos de clima mais seco, o que favoreceu a logística de campo e evitou atrasos no processo de retirada da soja madura. Essa condição climática mais firme é fundamental para evitar perdas pós-colheita causadas por excesso de umidade, além de facilitar o trânsito de máquinas e equipamentos. Apesar do benefício imediato, os produtores permanecem cautelosos, pois a falta de chuvas prolongada pode prejudicar áreas onde o plantio foi realizado mais tarde, comprometendo a produtividade em estágios ainda em desenvolvimento. Para a próxima semana, as previsões indicam o retorno das chuvas, mas em volumes moderados, o que pode manter um equilíbrio favorável entre colheita e condições para as lavouras ainda no campo.

Previsão climática para a próxima semana: Espera-se o retorno das chuvas e redução das temperaturas, mas os volumes previstos são menores do que o observado recentemente.


As previsões climáticas para a próxima semana indicam mudanças no cenário de muitas regiões agrícolas do Brasil. Após períodos de altas temperaturas e chuvas irregulares, espera-se o retorno de precipitações e uma redução significativa nas temperaturas. No entanto, os volumes de chuva projetados são inferiores aos registrados anteriormente, o que pode não ser suficiente para suprir completamente as necessidades de algumas lavouras, especialmente em regiões onde a seca já causou impactos. Para os produtores em fase de colheita, a diminuição da intensidade das chuvas pode ser benéfica, pois favorece a logística no campo e minimiza perdas relacionadas à umidade. Apesar disso, áreas onde o plantio foi realizado mais tarde ainda necessitam de chuvas consistentes para manter o potencial produtivo. Esse equilíbrio entre condições favoráveis e desafios climáticos continua influenciando diretamente as projeções de safra e os movimentos de mercado.

Colheita de soja atrasada no Brasil: O atraso na colheita resulta em nomeações de navios crescendo rapidamente, mas os embarques permanecem lentos.


A colheita de soja no Brasil está mais lenta do que o habitual neste ano, refletindo atrasos causados por condições climáticas adversas durante o plantio e o desenvolvimento das lavouras. Esse atraso tem gerado um acúmulo de demanda logística nos portos brasileiros, com um aumento significativo na nomeação de navios para embarques de soja. No entanto, os embarques efetivos permanecem em ritmo reduzido, criando gargalos e preocupações para exportadores e compradores internacionais, principalmente a China. A lentidão no fluxo de soja pode gerar dificuldades no cumprimento de contratos internacionais, enquanto compradores buscam alternativas para suprir suas demandas. A situação também contribui para uma maior volatilidade nos preços da soja no mercado global, já que atrasos na entrega podem gerar percepções de menor oferta no curto prazo. O cenário exige maior eficiência logística e melhores condições climáticas para normalizar o fluxo de exportações.

China enfrenta escassez de soja: Com baixos níveis de compra e embarque, a China pode sofrer com a falta de soja a partir de março, impulsionando a demanda por soja americana.


A China, maior importadora mundial de soja, está enfrentando uma possível escassez do grão em suas indústrias locais a partir de março. Esse cenário decorre de níveis reduzidos de compra e embarque, especialmente do Brasil, onde a colheita atrasada tem comprometido a disponibilidade para exportação. Além disso, a China tem se mantido cautelosa em relação à compra de soja americana desde novembro, devido às incertezas comerciais. Com o baixo volume de estoques, as indústrias de processamento chinesas podem ser forçadas a retomar as compras de soja dos Estados Unidos para suprir a demanda interna, especialmente no curto prazo. A necessidade de atender rapidamente ao mercado chinês pode elevar os preços da soja americana, dado o menor tempo de trânsito em relação ao Brasil. Essa situação demonstra como atrasos logísticos e condições políticas podem influenciar drasticamente a dinâmica de oferta e demanda globais.

Posição comercial dos EUA: Após a posse de Donald Trump, o governo adotou uma postura mais moderada em relação à imposição imediata de tarifas à China, o que foi visto como positivo para o mercado.


A posse de Donald Trump trouxe um alívio temporário para os mercados globais, incluindo o de soja, em função de sua postura inicial mais moderada em relação à China. Durante seus primeiros discursos como presidente, Trump evitou anunciar novas tarifas sobre produtos chineses, o que foi interpretado como um sinal de estabilidade no curto prazo. Além disso, ele mencionou a criação de um departamento especializado na arrecadação de tarifas, reforçando que ações mais severas ainda podem ser tomadas futuramente. No entanto, a ausência de anúncios imediatos de novas medidas tarifárias foi vista como positiva para os mercados, reduzindo temores de uma escalada rápida nas tensões comerciais entre os dois países. Essa moderação inicial pode beneficiar a retomada de compras de soja americana pela China, aliviando o impacto da guerra comercial e promovendo maior equilíbrio no comércio agrícola internacional.

Demanda por contratos curtos de soja: A necessidade de atender à demanda da China rapidamente impulsiona os preços de contratos de soja de curto prazo, com alta de quase 19 centavos no momento.


A crescente demanda da China por soja no curto prazo tem gerado impactos diretos no mercado de contratos futuros. Os preços dos contratos com vencimento mais próximo subiram quase 19 centavos por bushel, refletindo a necessidade urgente de atender à demanda chinesa, especialmente devido à escassez de oferta interna e atrasos nos embarques do Brasil. Como a China enfrenta uma possível falta de soja em março, os contratos curtos ganham atratividade, já que garantem entregas mais rápidas. Esse movimento também é impulsionado pelo menor tempo de trânsito entre os Estados Unidos e a China, em comparação com o Brasil. A alta nos contratos de curto prazo indica uma preocupação crescente com a oferta imediata, enquanto o mercado observa as condições climáticas e os desafios logísticos nos países exportadores. O aumento dos preços sinaliza a importância estratégica da soja para os mercados globais e para as cadeias produtivas.

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