
Morning Call: Seu Futuro Rico em 15 de janeiro
Ibovespa
O principal índice da Bolsa de Valores brasileira, o IBOVESPA, conseguiu fixar o dia mantendo os 119.000 pontos, registrando uma alta de 0,30%. Apesar do fechamento positivo, o dia foi de grande volatilidade, com o índice passando boa parte do pregão na casa dos 118.000 pontos. Esse desempenho foi impulsionado, principalmente, pelos papéis do setor bancário, que demonstraram força e conseguiram sustentar o índice em meio a um cenário de liquidez reduzida. Outros setores não tiveram a mesma pressão, e muitos ativos oscilaram sem direção definida, refletindo a cautela dos investidores diante de incertezas econômicas e políticas no cenário global e doméstico. O mercado segue atento às movimentações de juros nos Estados Unidos e às condições econômicas internas, que podem influenciar o desempenho do índice nos próximos dias. Esse fechamento, embora tímido, foi visto como uma demonstração de resiliência do mercado em um contexto de desafios.
Dólar em queda

O dólar registrou sua segunda queda consecutiva frente ao real, encerrando o dia com uma baixa de 0,84%, sendo cotado a R$ 6,04. Esse movimento reflete uma combinação de fatores internos e externos. No cenário doméstico, houve um aumento na confiança dos investidores na política fiscal do governo, com medidas que indicam maior controle das contas públicas. Já no cenário, o dólar perdeu força globalmente devido à expectativa de que o Federal Reserve (Fed) possa desacelerar o ritmo de aumento dos juros nos Estados Unidos. A inflação ao produtor (PPA) nos EUA, abaixo das expectativas, contribuiu para esse rompimento nos mercados. A valorização do real também foi reforçada por fluxos positivos de capital estrangeiro, especialmente direcionada para a bolsa de valores brasileira. Apesar da queda, o mercado cambial continua atento às oscilações dos juros americanos, que ainda podem influenciar a trajetória da moeda nos próximos dias.
Juros americanos
Os juros americanos, representados pelos títulos do tesouro (Tesouro), tiveram um dia de grande volatilidade. No início do pregão, houve um susto nos mercados devido a um nível alto nos rendimentos dos títulos de 10 anos, um movimento que geralmente reflete expectativas de inflação mais altas ou de crescimento econômico mais forte. No entanto, ao longo do dia, o cenário mudou. Dados divulgados sobre a inflação ao produtor (PPA) nos Estados Unidos mostraram um crescimento menor do que o esperado, o que trouxe alívio para os mercados. Com isso, os vértices das taxas de juros fecharam em queda. Esse movimento indica que os investidores estão apostando em uma postura menos agressiva do Federal Reserve em relação aos futuros aumentos de juros. A redução nos rendimentos dos Tesouros é positiva para os mercados globais, pois reduz o custo de financiamento e alivia a pressão sobre as economias emergentes, como o Brasil.
Inflação ao produtor (ppa)
Nos Estados Unidos, o índice de inflação ao produtor (PPA), um dos principais indicadores de pressão inflacionária, registrou uma alta modesta de 0,2% em dezembro, ficando abaixo das expectativas do mercado. O núcleo do indicador, que exclui itens voláteis como energia e alimentos, manteve-se estável, ou que foi interpretado como um sinal de que a inflação está começando a desacelerar. Analistas apontam que esse dado reflete uma redução nos custos de produção em algumas cadeias industriais, embora certos componentes, como insumos tecnológicos, ainda apresentem aumentos significativos. O Federal Reserve monitora perto desses números, pois eles impactam diretamente sua política monetária. Uma desaceleração sustentada na inflação ao produtor pode permitir que o banco central americano mantenha ou reduza os juros, aliviando os mercados financeiros. No entanto, os economistas alertaram que os dados monetários precisam ser aplicados com cautela, já que variações pontuais podem mascarar pressões acumuladas.
Trajetória da inflação

Consultorias econômicas internacionais apontam que a inflação nas economias desenvolvidas está em uma trajetória de desaceleração lenta, mas contínua. Essa tendência reflete, em grande parte, o impacto das políticas monetárias restritivas rompidas pelos bancos centrais nos últimos anos, como os aumentos nas taxas de juros. Nos Estados Unidos e na Europa, os consumidores começam a sentir os efeitos do crédito mais caro, o que reduz o consumo e, por consequência, a pressão sobre os preços. Apesar disso, alguns setores ainda enfrentam aumentos significativos, especialmente em alimentos e energia, devido a interrupções na cadeia de suprimentos e sobrecarga geopolítica. Especialistas enfatizam que, embora o ritmo de alta dos preços esteja direcionando, a inflação ainda está acima das metas políticas para muitos bancos centrais. Assim, mesmo com sinais positivos, as autoridades permaneceram vigilantes, prontas para ajustar suas estratégias caso novos choques inflacionários surjam no horizonte.
Risco geopolítico
Os preços do petróleo permanecem altamente sensíveis ao risco geopolítico e às decisões estratégicas da OPEP. Uma escalada nas internacionais, como os conflitos no Oriente Médio, as avaliações a grandes exportadores ou as interrupções não financeiras, pode alterar rapidamente o cenário atual de estabilidade. A OPEP, em sua busca para equilibrar os mercados, frequentemente adota cortes na produção para sustentar preços mais altos, reduzindo os estoques globais e aumentando a pressão sobre consumidores e indústrias. Esses movimentos, embora benéficos para os países produtores, têm implicações negativas para a inflação global, especialmente em economias emergentes que dependem do petróleo. Os analistas também destacam que, além da OPEP, fatores como mudanças climáticas, desastres naturais e avanços na transição energética podem influenciar o mercado. Em um cenário otimista, maior diálogo internacional e diversificação energética podem mitigar esses riscos, promovendo maior estabilidade no médio e longo prazo.
China e empréstimos
No final de 2024, os bancos chineses surpreenderam ao acelerar a concessão de empréstimos em níveis acima do esperado. Esse movimento reflete uma postura mais proativa das instituições financeiras para estimular a economia do país, que enfrenta desafios relacionados à desaceleração do crescimento e à necessidade de revitalizar setores estratégicos, como infraestrutura e tecnologia. A decisão também está aprovada com as políticas do governo central, que busca contribuições sobre o consumo interno e o investimento em investimentos. O aumento no crédito disponível pode ter efeitos positivos, como o fortalecimento das pequenas e médias empresas, que são pilares da economia chinesa. Contudo, os analistas alertam para o risco de um possível aumento na inadimplência, especialmente em setores mais vulneráveis. A garantia dos empréstimos sinaliza o compromisso da China em manter sua posição como motor da economia global, mas ressalta a importância de monitorar a sustentabilidade desse crescimento.
M2 na China

A base investidora da China, conhecida como M2, registrou um crescimento anual de 7,3% em dezembro, superando o aumento de 7,1% acumulado em novembro. Esse indicador, que mede o total de dinheiro em circulação e depósitos, é um reflexo das políticas monetárias impostas pelo governo chinês para estimular a economia. O aumento no M2 sugere que há maior liquidez disponível no sistema financeiro, o que pode facilitar empréstimos e investimentos, especialmente em setores estratégicos. Esse crescimento é consistente com os esforços do Banco Popular da China para sustentar a recuperação econômica em meio aos desafios globais, como a desaceleração do comércio internacional. No entanto, os especialistas alertam que o aumento na base monetária deve ser acompanhado de perto, pois um crescimento excessivo pode gerar pressões inflacionárias no médio prazo. Ainda assim, o aumento controlado do M2 é visto como um sinal positivo para a economia chinesa em 2025.
Inflação na argentina
O Banco Central da Argentina anunciou um ajuste significativo em sua política cambial, reduzindo a desvalorização mensal permitida do peso argentino para 1%, em comparação aos 2% praticados anteriormente. Essa decisão reflete os esforços das autoridades monetárias em conter os efeitos da inflação descontrolada e estabilizar a moeda local. Segundo o comunicado oficial, a mudança foi possível graças à consolidação de uma trajetória de queda nos índices inflacionários observados nos últimos meses, mesmo com a aceleração pontual registrada em dezembro. Ao permitir uma desvalorização mais moderada, o governo espera mitigar os impactos negativos no poder de compra da população e evitar pressões adicionais nos preços. No entanto, os especialistas alertam que a medida, por si só, pode não ser suficiente para controlar a inflação estrutural do país, sendo necessário implementar reformas económicas mais amplas para garantir resultados sustentáveis no médio e longo prazo.
Inflação anual
A inflação acumulada na Argentina em 2024 alcançou um índice impressionante de 117,8%, refletindo uma grave crise econômica e social no país. Esse número destaca o desafio enfrentado pelas autoridades argentinas em controlar a escalada dos preços, que impacta diretamente o poder de compra da população e aumenta a desigualdade social. A hiperinflação é atribuída a uma combinação de fatores, incluindo desequilíbrios fiscais, baixa confiança no peso argentino e alta dependência de fatores. Apesar das tentativas do Banco Central de implementar medidas como ajustes cambiais e controle de preços, os resultados foram insuficientes para conter a volatilidade. O impacto desse índice é evidente na vida cotidiana dos argentinos, que enfrentam dificuldades no acesso a bens e serviços essenciais. Para 2025, as expectativas permanecem propostas, com a necessidade urgente de reformas estruturais e maior cooperação entre políticas fiscais e monetárias.
Setor de serviços no Brasil

A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) deve registrar uma retração de 0,1% na medição de novembro, marcando um momento de desaceleração de nível em um ano de recuperação sólida. Apesar do recuo pontual, o setor acumula um crescimento de 3,8% no ano, impulsionado principalmente pelo aumento no consumo das famílias, que se beneficiam de um mercado de trabalho resiliente e maior acesso ao crédito. Serviços como transporte, tecnologia e turismo foram os principais responsáveis pelo desempenho positivo ao longo de 2024. Especialistas apontam que essa retração em novembro pode estar relacionada a ajustes sazonais ou ao impacto de condições econômicas externas, como a desaceleração em economias aplicadas. Ainda assim, o setor de serviços segue como um dos pilares da economia brasileira, contribuindo significativamente para o PIB e gerando milhões de empregos diretos e indiretos.
Expectativa para 2025
As projeções para o setor de serviços no Brasil em 2025 são otimistas, com expectativa de crescimento próximo de 4%. Esse desempenho será sustentado por um mercado de trabalho forte, que deve continuar impulsionando o consumo das famílias. A retomada de eventos presenciais, o aumento no turismo interno e a digitalização de pequenos negócios também são fatores que prometem alavancar o setor. Além disso, a manutenção de políticas de estímulo econômico, como incentivos ao crédito e investimentos em infraestrutura, pode criar um ambiente mais favorável para a expansão das atividades de serviços. No entanto, os especialistas alertam para possíveis desafios, como a inflação global e a desaceleração das grandes economias, que podem impactar indiretamente o mercado brasileiro. Apesar disso, o setor de serviços permanece como um dos principais motores de crescimento do país, com grande potencial de contribuir para a geração de emprego e renda.
Agenda internacional
Os destaques da agenda econômica internacional incluem dados relevantes, como os índices de Gerentes de Compras (PMI) e análises setoriais de serviços. Esses indicadores fornecem uma visão abrangente sobre o desempenho das economias desenvolvidas e emergentes, permitindo avaliar tendências como crescimento, contração e estabilidade nos principais mercados globais. Os dados do PMI são especialmente analisados, pois refletem a atividade econômica em setores estratégicos, incluindo produção e serviços, que juntos compõem grande parte do PIB mundial. Para janeiro, as expectativas apontam para um desempenho misto, com desaceleração em algumas regiões devido à incerteza econômica global e maior otimismo em outras, como os mercados asiáticos. Além disso, análises setoriais forneceram insights sobre os impactos de políticas monetárias, como o aquecimento dos juros nos Estados Unidos, e as projeções para a inflação global, que seguem em foco entre investidores e economistas.
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