
Morning Call: Seu Futuro Rico em 17 de janeiro
Ibovespa: Após uma alta expressiva, caiu 1,12%, fechando em 121 mil pontos, influenciado pela realização de lucros e queda no preço do petróleo.
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, experimentou um movimento de realização de lucros após acumular uma alta significativa nos últimos dias, fechando o dia com uma queda de 1,12% a 121 mil pontos. Essa retração reflete a combinação de fatores como a queda nos preços do petróleo, que impactou negativamente as ações da Petrobras, uma das maiores contribuintes para o índice. Além disso, a realização de lucros foi impulsionada pelo comportamento dos investidores após ganhos expressivos, buscando garantir parte dos rendimentos acumulados anteriormente. A oscilação também está atrelada a preocupações com a economia global, especialmente com sinais de desaceleração nos Estados Unidos e incertezas na política monetária. Apesar da queda, o índice continua próximo de patamares elevados, indicando que os investidores mantêm algum grau de otimismo, embora atentos aos riscos internos e externos.
Dólar: Terminou o dia cotado a R$ 6,05, com alta de 0,47% frente ao real.

O dólar comercial encerrou o pregão com alta de 0,47%, cotado a R$ 6,05, refletindo movimentos tanto internos quanto externos. A valorização frente ao real foi influenciada pelo cenário internacional, onde incertezas sobre o ritmo da economia global aumentaram a busca por segurança, fortalecendo a moeda americana. O real também foi impactado pelo cenário doméstico, com dúvidas em relação à política fiscal e monetária brasileira, além de um ambiente político ainda volátil. Movimentos recentes na curva de juros nos Estados Unidos, com expectativas de flexibilização monetária, também afetam o câmbio, embora de forma mais contida. No curto prazo, o dólar pode permanecer pressionado, dependendo do fluxo de capitais estrangeiros, do comportamento das commodities e da percepção de risco em mercados emergentes, incluindo o Brasil. Apesar da alta, o mercado segue cauteloso em relação a variações abruptas no câmbio.
Curva de Juros: Apresentou abertura em todos os vértices, mesmo com a perda de força nos juros internacionais.
A curva de juros brasileira registrou abertura em todos os seus vértices, refletindo expectativas de mercado que contrastam com o movimento dos juros internacionais. Enquanto os Estados Unidos indicam uma possível flexibilização monetária, no Brasil, os investidores mostram preocupação com as condições econômicas internas, especialmente a trajetória fiscal e o comportamento da inflação. A abertura da curva também pode estar associada à reavaliação dos prêmios de risco, diante de incertezas quanto ao ritmo de crescimento econômico e à evolução da política monetária local. Apesar de o Banco Central manter uma postura vigilante, a magnitude da taxa Selic continua sendo um ponto de atenção, influenciando diretamente as expectativas do mercado. Esse movimento reforça a percepção de que os juros no Brasil podem permanecer elevados por mais tempo, o que impacta o crédito, a atividade econômica e a atratividade dos investimentos em renda fixa.
Fed: Investidores estão precificando um possível corte de juros na próxima reunião do Banco Central americano.
O Federal Reserve (Fed), Banco Central dos Estados Unidos, voltou ao foco dos mercados financeiros globais com a especulação de que um corte nos juros possa ser anunciado na próxima reunião. Essa expectativa ganhou força após a divulgação de dados econômicos que sugerem um enfraquecimento da atividade, como o crescimento mais fraco do varejo e o aumento dos pedidos de auxílio-desemprego. Para os investidores, esses indicadores reforçam a possibilidade de que a política monetária, que foi extremamente restritiva ao longo de 2024, esteja próxima de uma flexibilização. Um corte nos juros americanos pode beneficiar economias emergentes, como o Brasil, ao reduzir a atratividade de investimentos em ativos de renda fixa nos EUA. No entanto, a decisão do Fed dependerá de uma análise cuidadosa de outros indicadores econômicos, como inflação e mercado de trabalho. Até lá, o mercado continuará ajustando suas expectativas e precificando cenários alternativos.
Vendas no Varejo nos EUA: Crescimento de 0,4% em dezembro, abaixo das expectativas dos analistas.

As vendas no varejo dos Estados Unidos cresceram 0,4% em dezembro, resultado que ficou abaixo das expectativas do mercado, que projetava um desempenho mais robusto para o período. Tradicionalmente forte devido às festas de fim de ano, o setor mostrou sinais de desaceleração, refletindo os impactos da política monetária restritiva do Federal Reserve. O aumento dos custos de crédito e a redução do poder de compra das famílias, em um ambiente de inflação elevada, contribuíram para o resultado modesto. Esse dado reforça as preocupações de que a economia americana possa estar se aproximando de uma desaceleração mais ampla, à medida que a demanda doméstica começa a enfraquecer. Apesar disso, o desempenho do varejo ainda foi positivo, indicando uma certa resiliência do consumidor. O resultado, no entanto, será monitorado de perto como um dos indicadores chave para decisões futuras sobre política monetária nos EUA.
Pedidos de Auxílio-Desemprego nos EUA: Totalizaram 217 mil, acima da estimativa de 214 mil.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego nos Estados Unidos subiram para 217 mil na última semana, superando a previsão de 214 mil feita por analistas. Esse aumento, embora modesto, sugere que o mercado de trabalho pode estar começando a sentir os efeitos da política monetária mais restritiva implementada pelo Federal Reserve ao longo de 2024. Além disso, os dados da semana anterior foram revisados para cima, adicionando mais evidências de que a força do emprego está perdendo fôlego. Apesar disso, o número total de pedidos ainda é relativamente baixo em comparação com níveis históricos, o que indica que o mercado de trabalho americano permanece resiliente. O dado será monitorado de perto, pois uma deterioração mais acentuada no emprego pode reforçar as expectativas de um possível afrouxamento monetário pelo Fed, que poderia reavaliar sua abordagem para sustentar a economia diante de sinais de desaceleração.
Inflação na Alemanha: Registrou alta de 0,5% em dezembro, com média anual de 2,2% em 2024.
A Alemanha registrou uma inflação mensal de 0,5% em dezembro, consolidando uma média anual de 2,2% em 2024. Esse avanço reflete pressões persistentes em setores-chave, como energia e alimentos, que continuam a impactar o custo de vida no país. Embora o índice esteja abaixo dos picos registrados em anos anteriores, ainda representa um desafio significativo para a maior economia da Europa, que tenta equilibrar a desaceleração econômica com a estabilidade de preços. A inflação na Alemanha é um termômetro importante para a política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que mantém uma abordagem cautelosa em meio a sinais mistos de recuperação econômica. A alta de dezembro reforça a necessidade de atenção às políticas de estímulo fiscal e monetário, especialmente em um contexto em que outras economias da zona do euro enfrentam dificuldades semelhantes. Os próximos meses serão cruciais para determinar a trajetória da inflação e seu impacto sobre a economia alemã.
Zona do Euro: Espera-se que a inflação total fique em 0,4% e o núcleo em 0,5%, em linha com os dados de novembro.

A expectativa para a inflação na zona do euro é de 0,4% para o índice total e 0,5% para o núcleo, em linha com os dados de novembro. Esses números refletem a estabilidade dos preços, mas também levantam questões sobre a eficácia das políticas monetárias adotadas pelo Banco Central Europeu (BCE) para combater a inflação elevada nos últimos anos. A desaceleração no índice total, comparada a meses anteriores, pode ser atribuída a uma queda nos preços de energia, enquanto o núcleo, que exclui itens mais voláteis, permanece em um patamar elevado. A zona do euro enfrenta o desafio de sustentar a recuperação econômica em meio a incertezas globais, enquanto lida com a pressão inflacionária. Esses dados serão cruciais para as próximas decisões do BCE, que precisa equilibrar a necessidade de controle da inflação com estímulos ao crescimento, especialmente em um cenário de crescimento econômico moderado.
IBC-Br no Brasil: Indicador do PIB mensalizado cresceu 0,1%, reforçando expectativa de alta de 0,5% no quarto trimestre.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, registrou alta de 0,1% no último mês, indicando uma trajetória de crescimento moderado para o Brasil. Esse desempenho acima do esperado reforça as projeções de que o PIB do quarto trimestre possa avançar 0,5%, encerrando 2024 com um crescimento anual robusto de 3,5%. O resultado foi impulsionado por setores como serviços e agropecuária, que se mantiveram resilientes ao longo do ano, apesar dos desafios econômicos. No entanto, os economistas alertam para um cenário menos otimista em 2025, com a política monetária restritiva, marcada pela taxa Selic elevada, impactando o consumo e os investimentos. O IBC-Br continuará sendo um indicador importante para monitorar a saúde econômica do país, especialmente em um ambiente de maior incerteza fiscal e ajustes nas políticas econômicas.
PIB do Brasil em 2024: Cresceu 3,5%, mas a previsão para 2025 é de apenas 1,6% devido à alta da Selic.
A economia brasileira encerrou 2024 com um crescimento sólido de 3,5%, impulsionado por fatores como a recuperação do consumo interno, a força do setor agrícola e o bom desempenho das exportações. No entanto, as projeções para 2025 são mais modestas, apontando para uma expansão de apenas 1,6%. Esse cenário reflete os efeitos da política monetária restritiva, com a Selic permanecendo em patamares elevados para conter a inflação. A alta dos juros tem limitado o acesso ao crédito e reduzido o apetite por investimentos, prejudicando o ritmo de crescimento econômico. Além disso, o ambiente global de incertezas e a necessidade de ajustes fiscais no Brasil aumentam os desafios para o próximo ano. Apesar disso, setores estratégicos, como infraestrutura e tecnologia, podem oferecer oportunidades de crescimento, caso políticas públicas eficazes sejam implementadas para mitigar os impactos do cenário macroeconômico desfavorável.
Reforma Tributária no Brasil: Lula destacou a aprovação como um “milagre”, e Haddad afirmou que não há polêmica sobre os vetos presidenciais.

A aprovação da reforma tributária foi celebrada pelo presidente Lula, que classificou o feito como um “milagre”, especialmente diante das dificuldades históricas em avançar com mudanças estruturais no sistema tributário brasileiro. Em declaração, Lula ressaltou o alinhamento entre a Câmara e o Senado como um fator determinante para o sucesso da tramitação. Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, garantiu que não há polêmicas em relação aos vetos presidenciais aplicados à reforma, destacando que o Senado está pronto para votar o segundo projeto regulamentar. Este projeto aborda questões cruciais, como a transição do ICMS para o IBS e a divisão de receitas entre estados e municípios. A reforma é vista como uma oportunidade para simplificar o sistema tributário, aumentar a competitividade e impulsionar o crescimento econômico, mas ainda enfrenta desafios na implementação e na harmonização de interesses entre as diferentes esferas de governo.
Crescimento da China em 2024: Atividade econômica cresceu 5%, com alta de 1,6% no último trimestre.
A economia chinesa registrou um crescimento de 5% em 2024, um desempenho em linha com as expectativas do mercado, refletindo uma recuperação gradual após um período de desaceleração. No último trimestre do ano, a expansão foi de 1,6%, impulsionada por políticas de estímulo e pelo fortalecimento do consumo interno. O governo chinês tem adotado medidas para revitalizar setores estratégicos, como infraestrutura e tecnologia, enquanto enfrenta desafios como a fragilidade do mercado imobiliário e as tensões comerciais globais. Apesar do crescimento positivo, o ritmo de recuperação ainda é desigual, com alguns setores demonstrando maior resiliência do que outros. O desempenho de 2024 reafirma a importância da China como motor da economia global, mas também destaca a necessidade de ajustes estruturais para sustentar o crescimento de longo prazo em meio a um cenário internacional cada vez mais incerto.
Vendas no Varejo na China: Superaram expectativas, enquanto a produção industrial ficou estável em relação a novembro.
As vendas no varejo na China surpreenderam positivamente em dezembro de 2024, indicando um aumento no consumo interno, um dos pilares para a recuperação econômica do país. Esse resultado reflete o impacto de medidas de estímulo governamental, como incentivos fiscais e aumento na oferta de crédito, que impulsionaram a demanda por bens de consumo. Por outro lado, a produção industrial permaneceu estável em relação a novembro, evidenciando desafios persistentes no setor manufatureiro. A estabilidade nesse segmento sugere que, embora a demanda doméstica esteja em recuperação, a desaceleração da demanda externa e os problemas estruturais na cadeia de suprimentos continuam a limitar o crescimento industrial. Esses dados reforçam a necessidade de um equilíbrio entre o incentivo ao consumo e o suporte aos setores produtivos para garantir um crescimento sustentável, especialmente em um contexto global marcado por incertezas econômicas e tensões comerciais.
Desemprego na China: Subiu de 5% para 5,1%, sinalizando necessidade de estímulos econômicos adicionais.
A taxa de desemprego na China aumentou de 5% para 5,1% em dezembro de 2024, destacando fragilidades no mercado de trabalho do país. O crescimento do desemprego reflete desafios em setores importantes, como o imobiliário e a manufatura, que têm enfrentado dificuldades em meio à desaceleração econômica global e à demanda externa enfraquecida. Esse aumento, embora moderado, é um alerta para o governo chinês sobre a necessidade de intensificar medidas de estímulo para sustentar o emprego e o poder de compra da população. Programas de incentivo ao emprego e apoio a pequenas e médias empresas podem ser fundamentais para reverter essa tendência. A elevação do desemprego também reforça a urgência de uma transição econômica mais equilibrada, com foco na diversificação das fontes de crescimento, reduzindo a dependência de setores tradicionais e apostando em inovação e sustentabilidade como motores de longo prazo.
Agenda Econômica no Brasil: Destaque para o IGP-10 e reuniões no Banco Central com economistas em São Paulo.
A agenda econômica desta sexta-feira no Brasil inclui a divulgação do IGP-10, indicador importante para monitorar a inflação no início do ano. Esse dado será acompanhado de perto pelos investidores, pois ajuda a formar expectativas sobre os próximos passos da política monetária, especialmente em um cenário de inflação elevada e juros altos. Além disso, o Banco Central realizará reuniões com economistas no escritório em São Paulo, abordando temas como política econômica e risco corporativo. Essas reuniões são cruciais para alinhar percepções entre o mercado e a autoridade monetária, especialmente em um momento de incertezas quanto à trajetória da Selic e seus impactos na atividade econômica. Embora as expectativas sejam de um dia de menor fluxo nos mercados, o ambiente segue cauteloso, com atenção voltada para possíveis sinalizações do Banco Central e para o cenário internacional, que continua a influenciar as decisões econômicas no Brasil.
Leave a Reply