Morning Call: Seu Futuro Rico em 28 de janeiro

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Morning Call: Seu Futuro Rico em 28 de janeiro

Alta no Ibovespa

O Ibovespa começou a semana de maneira positiva, registrando alta de 1,84% e encerrando o pregão na marca dos 124 mil pontos. Esse movimento foi impulsionado principalmente pelos setores bancário e financeiro, que apresentaram desempenho sólido com valorização superior a 3%. Dos 86 papéis que compõem o índice, apenas quatro fecharam em queda, reforçando o otimismo do mercado. Esse avanço reflete a confiança dos investidores na recuperação econômica e na estabilidade política doméstica. No entanto, fatores globais, como dados industriais chineses e as tensões geopolíticas, continuam a ser monitorados de perto, podendo impactar a trajetória do índice nas próximas semanas.

Queda da WEG

A WEG teve destaque negativo no Ibovespa, com queda de 8,46% em um único dia. A empresa, reconhecida no setor de tecnologia e automação industrial, foi fortemente impactada por notícias sobre a nova inteligência artificial chinesa, chamada “Deepsie”. Essa tecnologia promete ser uma revolução ao ser menos dependente de supercondutores e com menor consumo elétrico, levantando preocupações sobre sua competitividade global. Investidores reagiram de forma cautelosa, vendo a possibilidade de perda de mercado para produtos desenvolvidos pela China. O desempenho negativo da WEG reflete o impacto da concorrência internacional e das incertezas tecnológicas sobre as empresas do setor.

Avanço da inteligência artificial chinesa

A tecnologia “Deepsie”, desenvolvida por uma empresa chinesa, vem ganhando destaque global ao ultrapassar concorrentes na Apple Store em número de downloads. Esse avanço abalou o mercado americano de tecnologia, levando à queda de 3,9% nas ações de grandes empresas do setor. A “Deepsie” utiliza menos supercondutores e consome menos energia, sendo vista como uma ameaça à liderança tecnológica dos Estados Unidos. As notícias geraram fuga de capitais do mercado americano, demonstrando o impacto econômico das inovações chinesas. Além disso, essa competição intensifica as incertezas geopolíticas, com os investidores questionando o futuro da supremacia tecnológica ocidental.

Impactos nas bolsas chinesas

Apesar do sucesso da tecnologia “Deepsie”, as bolsas chinesas não acompanharam o otimismo e fecharam o pregão em queda. Isso ocorreu devido à divulgação de dados industriais que ficaram abaixo das expectativas do mercado, indicando uma desaceleração na produção. Esses números preocupam investidores, pois revelam fragilidades na recuperação econômica da China, mesmo com avanços tecnológicos significativos. A combinação de fatores, como tensões comerciais e instabilidades no setor industrial, elevou a cautela no mercado financeiro. A queda nas bolsas também refletiu uma possível desaceleração global, alimentando especulações sobre o impacto nos mercados emergentes.

Estabilidade do dólar

O dólar apresentou estabilidade no início da semana, com leve desvalorização de 0,08%. Esse movimento reflete o equilíbrio entre as expectativas do mercado em relação às políticas monetárias globais e a busca por ativos considerados seguros. Enquanto o dólar se manteve praticamente estável, moedas emergentes, como o peso mexicano, enfrentaram pressão de depreciação. A estabilidade cambial também foi influenciada pela cautela dos investidores, que aguardam decisões importantes de bancos centrais. Com uma agenda econômica global reduzida devido ao feriado na China, o mercado deve continuar monitorando os próximos desdobramentos sobre políticas monetárias e geopolíticas.

Queda do peso mexicano

O peso mexicano sofreu uma desvalorização de mais de 2% frente ao dólar, refletindo as tensões do mercado global em relação às moedas de países emergentes. Esse movimento foi intensificado pela proximidade das decisões de juros em economias desenvolvidas, como os Estados Unidos, que tradicionalmente fortalecem o dólar e pressionam divisas emergentes. A depreciação também indica as preocupações do mercado sobre a economia mexicana, apesar do recente sucesso na emissão de dívida. Esse contexto ressalta a volatilidade dos mercados emergentes diante de mudanças nas políticas monetárias globais e possíveis impactos nas dinâmicas de comércio internacional.

Emissão de dívida no México

Em janeiro, o México realizou a maior emissão de dívida da sua história, levantando US$ 8,5 bilhões. Na última segunda-feira, o país voltou ao mercado internacional e captou mais €2,4 bilhões em títulos com vencimento de 8 e 12 anos. Essa movimentação demonstra a confiança dos investidores na economia mexicana, mesmo em um cenário de incertezas globais. A alta demanda pelos papéis reflete a atratividade da dívida mexicana devido aos rendimentos oferecidos. A captação reforça o papel do México como um player relevante no mercado de dívida externa, buscando consolidar sua posição econômica e atrair investimentos.

Captações externas no Brasil

O Brasil tem se destacado no mercado internacional com captações externas realizadas por grandes empresas como Bradesco, Usiminas e JBS. Essas empresas aproveitaram o momento favorável e registraram alta demanda para emissões de títulos, demonstrando a confiança dos investidores estrangeiros no mercado brasileiro. As captações em 2025 refletem a solidez das companhias nacionais e a busca por diversificação no financiamento corporativo. Além disso, o governo brasileiro planeja emitir títulos verdes no valor de US$ 500 milhões, alinhando-se às práticas de sustentabilidade. Esse movimento fortalece a imagem do Brasil como um destino atrativo para capital externo.

Expectativa para a Selic

O mercado financeiro brasileiro aguarda ansiosamente a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) sobre a taxa Selic, com expectativa de elevação para 13,25%. Essa medida reflete o compromisso do Banco Central em combater a inflação e ancorar as expectativas de preços. Uma Selic mais alta pode atrair investimentos externos devido ao diferencial de juros, mas também aumenta os custos de crédito doméstico, impactando o consumo e o crescimento econômico. A decisão é um ponto crucial para a política monetária brasileira, influenciando o mercado financeiro e as projeções econômicas para 2025.

Expansão do crédito em dezembro

Os dados de dezembro mostram que as concessões de crédito no Brasil continuam em expansão, com destaque para o segmento de pessoas jurídicas (PJ). Empresas têm buscado linhas de financiamento para sustentar investimentos e capital de giro, refletindo um ambiente econômico ainda aquecido. Essa expansão também está alinhada ao aumento da confiança empresarial e à recuperação econômica gradual. Por outro lado, a inadimplência teve leve redução, indicando maior controle das instituições financeiras na concessão de crédito. Esses números reforçam as perspectivas positivas para o crescimento econômico em 2025, mesmo com desafios associados a uma política monetária mais restritiva.

Revisão de alta no PIB de 2025

O Boletim Focus revisou para cima a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025, passando de 1,9% para 2,1%. Essa revisão positiva reflete expectativas de uma recuperação consistente da atividade econômica, apoiada em setores como o agronegócio e a indústria. Além disso, a expansão do crédito e os investimentos em infraestrutura também contribuem para a melhora das projeções. Apesar do otimismo, o cenário global ainda exige cautela, especialmente em relação às taxas de juros e ao comércio internacional. O mercado aguarda novas atualizações para avaliar o impacto de políticas fiscais e monetárias no crescimento econômico.

Inflação ancorada, mas em alta

As expectativas para a inflação de 2025 sofreram uma leve alta, subindo de 5,6% para 5,9%, conforme os dados do Boletim Focus. Esse movimento reflete pressões inflacionárias localizadas, como o aumento nos preços de alimentos e combustíveis. Apesar disso, as expectativas permanecem ancoradas dentro da meta estipulada pelo Banco Central, graças à política monetária restritiva adotada no país. O mercado segue atento à evolução de variáveis macroeconômicas, como câmbio e custos de importação, que podem influenciar os preços. A manutenção da inflação sob controle é essencial para garantir a estabilidade econômica e a confiança de investidores.

Agenda econômica esvaziada

Com a celebração do Ano Novo Lunar na China, o mercado brasileiro iniciou a semana com uma agenda econômica mais leve. Esse feriado chinês influencia a desaceleração das negociações globais, especialmente no setor de commodities, que depende fortemente da demanda asiática. No entanto, o foco do mercado está voltado para a “Super Quarta”, quando decisões importantes de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil serão anunciadas. Até lá, investidores adotam uma postura cautelosa, monitorando eventos econômicos pontuais e a volatilidade nos mercados externos. A expectativa é de uma retomada mais intensa das movimentações na próxima semana.

Curva de juros no Brasil

A curva de juros no Brasil apresentou um comportamento misto nesta segunda-feira. Enquanto os vencimentos mais longos registraram fechamento, os prazos curtos tiveram leves aberturas. Esse movimento reflete a percepção de que a política monetária atual está conseguindo controlar a inflação no longo prazo, mas ainda há incertezas em relação à dinâmica econômica de curto prazo. O mercado segue atento à decisão do Copom sobre a Selic nesta quarta-feira, que será determinante para os próximos movimentos na curva de juros. Um cenário de maior estabilidade nos juros pode fomentar investimentos e impulsionar o crescimento econômico.

Impactos do feriado chinês

O Ano Novo Lunar na China, um dos principais feriados do país, trouxe impactos diretos aos mercados globais. Com as bolsas chinesas fechadas e o volume de negociações reduzido, commodities como petróleo e minério de ferro tiveram movimentações limitadas. O feriado também gera expectativas sobre a retomada econômica chinesa, considerando os desafios enfrentados pelo país em 2024. Apesar da desaceleração temporária, os investidores globais aguardam sinais de fortalecimento da demanda chinesa, que desempenha um papel crucial na dinâmica econômica mundial. No Brasil, a redução das atividades na China influencia diretamente o desempenho do setor de exportação.

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