
Morning Call: Seu Futuro Rico em 30 de janeiro
Juros nos EUA mantidos
Ontem, acompanhei de perto a decisão do Federal Reserve (Fed) sobre a taxa de juros nos Estados Unidos. Como esperado, o comitê optou por manter os juros no intervalo de 4,25% a 4,5% ao ano , interrompendo o ciclo de flexibilização de juros iniciado em setembro do ano passado. Essa decisão unânime reflete a preocupação do Fed com a inflação e a economia americana. Apesar da pausa nas cortes, a instituição reforça que continuará monitorando indicadores econômicos antes de qualquer nova mudança. Isso significa que o mercado seguirá atento a novos dados para projetar os próximos passos da política monetária.
Tom mais cauteloso do Fed
Percebi que o Federal Reserve atualizou um tom mais cauteloso ao comunicar sua decisão. Diferentemente das reuniões anteriores, o comitê removeu trechos que mencionavam dificuldades no mercado de trabalho, indicando que a atividade econômica pode ser mais estável. O Fed enfatizou que continuará analisando estatísticas econômicas, projeções e balanços de risco para decisões futuras sobre a taxa de juros. Essa postura sugere que, embora a flexibilização monetária continue sendo uma possibilidade, o banco central dos EUA não quer se precipitar e tomará decisões baseadas em dados concretos. O mercado deve continuar atento às próximas divulgações econômicas.
Impacto do discurso de Powell
Após a decisão do Fed, Jerome Powell fez um discurso que impactou bastante os mercados. Ele deixou claro que não há intenção de mudar a meta de inflação no curto prazo , o que indica que a política monetária seguirá firme para conter pressões inflacionárias. Além disso, Powell destacou as incertezas em relação às políticas fiscais e tarifárias , fatores que podem influenciar a economia nos próximos meses. Um ponto interessante foi sua visão sobre a Inteligência Artificial, que ele classificou como um grande evento para o mercado de ações americano . Suas palavras ajudaram a sorrir os investidores após a volatilidade inicial.
Mercado reagiu qualidades
Assim que o Fed anunciou sua decisão, os mercados reagiram com bastante volatilidade. No final do pregão, as bolsas americanas fecharam em queda , refletindo o tom mais cauteloso da instituição. O índice Nasdaq subiu ligeiramente (0,12%) , enquanto outros índices apresentaram queda. O dólar, por sua vez, teve um nível de recuo de 0,06% , encerrando o dia a R$ 5,86 . Essa oscilação mostra que os investidores ainda estão digerindo a decisão do Fed e tentando antecipar os próximos movimentos da economia global. Nos próximos dias, novos dados podem influenciar a trajetória desses ativos.
Ibovespa em queda
Acompanhei atentamente o impacto da decisão do Fed na Bolsa de Valores do Brasil (B3) . O Ibovespa, principal índice do mercado acionário brasileiro, fechou em queda de 0,50% , encerrando o pregão aos 123 mil pontos . O movimento foi influenciado tanto pela decisão do Fed quanto pelo discurso de Jerome Powell, que trouxe um tom mais conservador em relação ao futuro da política monetária nos EUA. Além disso, a alta da taxa Selic no Brasil também pesou na bolsa. Com esse cenário, os investidores continuam avaliando riscos e possíveis ajustes nas carteiras de investimentos.
Selic elevada para 13,25%
O Banco Central do Brasil decidiu elevar a taxa Selic para 13,25% ao ano , confirmando as expectativas do mercado. A decisão foi unânime e já era esperada, dado o cenário inflacionário do país. No entanto, o Copom não deu muitos sinais sobre os próximos passos, apenas mencionando que continuará monitorando os dados econômicos. Existe uma previsão de mais uma alta de 1% na próxima reunião, em março , caso a inflação continue persistente. Essa taxa elevada impacta diretamente os juros do crédito, os investimentos em renda fixa e o crescimento econômico, tornando o cenário mais desafiador para empresas e consumidores.
Criação de empregos em queda
Hoje, aguardo com atenção a divulgação dos dados do CAGED , que indicam a criação de empregos formais no Brasil. A expectativa para este mês não é muito positiva, pois projeta-se um saldo negativo de 339 mil vagas . Apesar desse resultado mensal, o acumulado anual ainda mostra um desempenho positivo no mercado de trabalho. Esse dado é fundamental para entender como está a recuperação econômica do país e pode influenciar as próximas decisões do governo e do Banco Central. Caso o número de ganhos continue caindo, pode haver impacto na renda das famílias e no consumo, instruções ainda mais a economia.
Inflação e IGPM
Hoje também acompanhamos os números da inflação, mais especificamente o IGPM de janeiro , um dos principais indicadores de preços do Brasil. A expectativa é de uma alta de 0,24% em relação a dezembro , acumulando 6,7% nos últimos 12 meses . Esse índice é importante porque influencia diretamente contratos de aluguel e outros setores da economia. Caso essa tendência de alta continue, pode significar um aumento na pressão inflacionária para os próximos meses. Com a Selic elevada, o Banco Central busca conter essa inflação, mas o desafio é grande, especialmente diante dos reajustes de preços que estão por vir.
Aumento do ICMS
A partir do dia 1º de fevereiro , os brasileiros sentirão um impacto direto no bolso com o aumento do ICMS dos combustíveis . O imposto sobre o diesel subirá para R$ 1,12 por litro , enquanto o da gasolina será de R$ 1,47 por litro . Esse reajuste pode pressionar ainda mais a inflação e encarecer diversos produtos e serviços que dependem do transporte rodoviário. Além disso, a defasagem do preço do diesel em relação ao mercado internacional ainda preocupa, e há chances de a Petrobras reajustar os valores ao longo do ano. Com isso, os combustíveis podem continuar sendo um fator de pressão inflacionária.
Expectativa para o PIB dos EUA
Agora, minha atenção se volta para a divulgação do PIB dos Estados Unidos , que traz o resultado do quarto trimestre de 2024. A projeção atual indica um crescimento de 2,5% , em linha com as variações do Fed. No entanto, o mercado também considera a possibilidade de um número um pouco mais alto, chegando a 2,6% ao ano . Esse dado é fundamental para entender o ritmo da economia americana e pode influenciar as próximas decisões do Fed sobre a taxa de juros. Caso o PIB fique acima do esperado, o mercado poderá começar a reconsiderar o cenário de cortes nos juros para 2025.
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