Diário das Commodities: Seu Futuro Rico de 15 de janeiro

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Diário das Commodities: Seu Futuro Rico de 15 de janeiro

Quedas em Chicago


Na terça-feira, a Bolsa de Chicago registrou transações distintas entre os contratos de soja, milho e trigo. O contrato de soja caiu 6 centavos por alqueire, marcando um dia de retração após oscilações recentes no mercado. O milho, por sua vez, apresentou uma ligeira queda de 2 centavos por alqueire, enquanto o trigo surpreendeu ao fechar o dia em alta, com ganho de 1 centavo por alqueire. Essas variações refletem ajustes no mercado devido a fatores climáticos regionais e às expectativas de colheita em importantes. Além disso, o panorama global, incluindo estoques confortáveis ​​e as condições climáticas controladas no Hemisfério Sul, é fornecido para os movimentos registrados. O mercado de grãos segue atento às mudanças climáticas e aos relatórios de produção, especialmente em países como Brasil, Argentina e Estados Unidos, que desempenham papel crucial no equilíbrio da oferta global.

Farelo de soja e milho em queda

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Fonte: pexel


Os futuros de farelo de soja e milho na Bolsa de Chicago registraram queda nesta terça-feira, interrompendo o movimento de alta veiculação no pregão anterior. Essa retração reflete uma combinação de ajustes técnicos e mudanças nas expectativas de curto prazo no mercado. No caso do farelo de soja, o impacto das condições climáticas, especialmente na América do Sul, tem contribuído para oscilações nos preços. Já o milho segue baseado nas projeções de safra recorde no Brasil, que aumenta a competitividade global do país. O intervalo no risco de greve nas esmagadoras argentinas também pesou sobre os preços, instabilidades incertezas no mercado de farelo. Apesar dessas quedas, os operadores permanecem atentos aos fatores climáticos e ao comportamento da demanda global, especialmente da China, que é um dos maiores consumidores de farelo de soja para ração animal.

Greve na Argentina evitada


O mercado de grãos respirou aliviado com a diminuição do risco de greve em esmagadoras de soja na Argentina, um dos principais exportadores mundiais do produto. Greves em portos e esmagadoras podem causar grandes atrasos nas exportações e pressão sobre os preços em todo o mundo, mas o cenário atual trouxe ruptura aos operadores. A estabilidade nas negociações entre sindicatos e empresas argentinas foi recebida como uma notícia positiva, perdida a volatilidade no mercado. Essa resolução, aliada à perspectiva de retorno das chuvas na região, ajudou a aliviar a pressão sobre os preços do farelo de soja e dos grãos em geral. No entanto, o mercado permanece atento à situação, já que a seca recente na Argentina ainda representa um risco para a produtividade das máquinas, especialmente em regiões com baixos níveis de umidade no solo.

Mudanças climáticas em fevereiro

Fonte: pexels-pixabay


Os modelos climáticos indicam que, em fevereiro, o padrão climático pode retornar a condições mais neutras, trazendo problemas para regiões afetadas pela seca na América do Sul. O Índice de Oscilação Sul (SOI), que mede as diferenças de pressão atmosférica entre o Pacífico Sul e o Índico, voltou a cair, confirmando a redução na pressão no Pacífico Sul. Isso está diretamente relacionado ao aquecimento das águas do oceano, que influencia o comportamento do clima em grande escala. Essas mudanças corroboram com as projeções de enfraquecimento do La Niña, diminuindo a possibilidade de chuvas no final do mês em áreas agrícolas críticas. Para países como Argentina e Brasil, essas precipitações são essenciais para o desenvolvimento das atividades laborais, especialmente em regiões que enfrentam longos períodos de seca.

Fenômeno La Niña enfraquecendo


Os últimos dados meteorológicos apontam para o enfraquecimento do La Niña, que tem impactado o clima global nos últimos meses. À medida que a La Niña perde força, o padrão climático começa a se ajustar, permitindo o retorno das chuvas ao sul da América do Sul. Isso é uma boa notícia para produtores agrícolas na Argentina, Brasil e Paraguai, que enfrentam problemas de produtividade devido à seca prolongada. A queda da pressão atmosférica no Pacífico Sul e o aumento da temperatura das águas são sinais de que o clima está se tornando mais favorável. No entanto, ainda é cedo para prever os resultados definitivos dessa mudança. Embora as chuvas possam aliviar parte das preocupações, a safra de alguns países já sofreu perdas devido à seca, o que pode influenciar a oferta global de grãos.

Impacto na safra argentina


A seca prolongada na Argentina gerou questões importantes em relação ao desempenho da safra atual. Apesar da previsão de chuvas no final de fevereiro, os danos causados ​​pela falta de umidade nas etapas críticas do ciclo das atividades já são perceptíveis. Estimativas revisadas apontam para uma redução na produção total de soja no país, que caiu de 50,6 milhões para 46 milhões de toneladas. Essa diferença reflete o impacto de condições adversas, como temperaturas elevadas e falta de chuvas em regiões-chave. Os produtores enfrentam dificuldades para manter a produtividade, o que pode comprometer ainda mais as exportações argentinas, especialmente em um cenário de oferta global de aperto. Embora a chegada de chuvas possa trazer algum alívio, é provável que os danos já registrados sejam irreversíveis, acrescentando um fator de preocupação ao mercado internacional.

Produtividade da Argentina em queda

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Fonte: pexel


A produtividade média dos rendimentos de soja na Argentina enfrentou queda, com projeções apontando para valores entre 2,75 e 2,90 toneladas por hectare, abaixo da média da temporada passada. A combinação de seca prolongada e altas temperaturas prejudica o desenvolvimento das plantas em fases críticas. Além disso, os baixos níveis de umidade no solo em várias regiões dificultaram a recuperação das culturas mesmo com supervisão limitada. Essa situação representa um desafio significativo para os produtores, que já têm expectativas limitadas em relação ao potencial de rendimento. Embora a previsão de chuvas no final do mês possa ajudar algumas áreas, muitos trabalhos já foram severamente afetados. Isso levanta questões sobre o impacto na economia agrícola do país e na disponibilidade da soja para o mercado internacional, em especial para exportações destinadas à China e à Europa.

Estoques globais convenientes

apesar das limitações na produção em países como Argentina e Paraguai, os estoques globais de soja permanecem em níveis protegidos. O principal fator que contribui para esse cenário é a projeção de safra recorde no Brasil, que deve atingir 170 milhões de toneladas. Isso compensa parcialmente as perdas em outras regiões, garantindo um equilíbrio na oferta e na demanda global. Além disso, as reservas acumuladas nos últimos anos, combinadas com uma demanda moderada em alguns mercados, têm ajudado a mitigar os efeitos das variações climáticas adversárias. Com os prêmios da soja caindo nos portos brasileiros, o mercado internacional tem se beneficiado de preços competitivos, garantindo a continuidade do abastecimento. No curto prazo, esse cenário reduz os riscos de escassez, mesmo diante das incertezas climáticas que ainda afetarão a safra sul-americana.

Recorde de produção no Brasil

A safra de soja no Brasil segue com expectativas de recorde, projetada em 170 milhões de toneladas. Esse número reforça a posição do país como o maior produtor e exportador mundial de commodities. Fatores como áreas de plantio ampliadas, boas práticas agrícolas e condições climáticas específicas em grande parte do território nacional têm contribuído para esse resultado. Essa produção robusta não apenas abastece o mercado interno, mas também fortalece o Brasil no cenário global, atendendo à alta demanda de países como a China, principal comprador de soja brasileira. A safra recorde também traz implicações econômicas positivas, gerando receitas expressivas para o setor agropecuário e fortalecendo a balança comercial. No entanto, a oferta abundante também exerce pressão sobre os preços nos portos, tornando o mercado brasileiro altamente competitivo frente a outros grandes exportadores, como os Estados Unidos.

Pressão nos preços dos portos brasileiros

A abundância da safra de soja no Brasil está refletindo diretamente nos preços praticados nos portos, enviando os prêmios de exportação. Com uma produção estimada em 170 milhões de toneladas, os volumes disponíveis para exportação são massivos, gerando uma competitividade acirrada no mercado global. Isso tem impactado os programas de exportação dos Estados Unidos, que enfrentam dificuldades para competir em termos de preço e volume. O mercado internacional tem favorecido o Brasil devido à oferta abundante e aos custos mais baixos, especialmente em um momento de recuperação econômica global. Além disso, a queda nos prêmios também sinaliza uma possível redução nas margens de lucro para os exportadores brasileiros. Apesar disso, o Brasil mantém sua posição de destaque como principal fornecedor global, consolidando sua liderança no mercado mesmo com desafios relacionados à logística e infraestrutura.

Petróleo

O Departamento de Energia dos Estados Unidos divulgou sua previsão atualizada para o preço médio do petróleo Brent em 2025, mantendo-o em US$ 74 por barril. Essa projeção reflete um equilíbrio esperado entre a oferta e a demanda global, com a produção sendo suficiente para atender às necessidades energéticas sem criar pressão inflacionária significativa. A manutenção dessa estimativa também considera a estabilização de tensões geopolíticas e a ausência de grandes interrupções no fornecimento. Contudo, o mercado de petróleo é altamente sensível a eventos inesperados, como desastres naturais, conflitos regionais ou decisões estratégicas da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Especialistas apontam que um preço médio de US$ 74 por barril fornece estabilidade relativa para consumidores e produtores, ao mesmo tempo em que reduz os riscos de inflação global. Ainda assim, os próximos meses serão cruciais para confirmar se o cenário atual será suficiente para sustentar essa proposta otimista.

Preços futuros

Para 2026, o Departamento de Energia dos Estados Unidos projeta o preço médio do petróleo Brent em US$ 66 por barril. Essa previsão representa uma queda significativa em relação aos níveis atuais e está diretamente relacionada às expectativas de desaceleração da demanda global, em parte impulsionada pela transição energética e pelo aumento no uso de fontes renováveis. A redução nos preços também reflete uma possível estabilização do estresse no Oriente Médio, maior produção em países fora da OPEP e avanços tecnológicos que tornam a proteção mais eficiente. Além disso, a diminuição do custo do petróleo pode ajudar a conter a inflação global, aliviando os custos de transporte e produção industrial. No entanto, os analistas alertam que essa projeção depende de vários fatores, como decisões estratégicas da OPEP, conflitos geopolíticos e flutuações inesperadas na economia global, o que pode levar a ajustes nas estimativas ao longo do tempo.

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