Morning Call: Seu Futuro Rico em 27 de janeiro

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Morning Call: Seu Futuro Rico em 24 de janeiro

Governo Trump e Comércio Exterior

O início do governo Trump trouxe certa incerteza ao mercado, especialmente em relação à política comercial. Embora não tenha havido inovações expressivas em tarifas de importação ou deportações massivas, o presidente manteve ameaças de ajustes tarifários, aumentando a tensão sobre as relações comerciais, principalmente com a China. O governo sinalizou a importância de renegociações de acordos, destacando-se a necessidade de equilíbrio no comércio bilateral. A postura mantém os investidores atentos ao impacto nas cadeias globais de escassez, especialmente diante do potencial aumento nos custos de importação. A abordagem do governo sobre o comércio internacional será fundamental para moldar o cenário econômico global.

Produção de Petróleo

O governo Trump anunciou planos de flexibilizar regras ambientais para ampliar a produção de petróleo nos Estados Unidos. Essa medida, vista como uma tentativa de fortalecer a indústria energética americana, gerou impactos significativos no mercado global. Na última semana, os contratos futuros de petróleo registraram quedas expressivas: o Brent recuou 2,5%, fechando em US$ 77,5 por barril, enquanto o WTI caiu 3,5%, fechando a US$ 74,6 por barril. A iniciativa reflete a busca por maior independência energética, mas levanta preocupações entre ambientalistas e investidores quanto ao equilíbrio entre o crescimento econômico e a sustentabilidade ambiental.

Zona do Euro e Economia

O índice dos gerentes de compras na Zona do Euro indicou uma leve expansão econômica, impulsionada pelo setor de serviços. Apesar do crescimento, a região ainda enfrenta desafios significativos, com sinais de fragilidade nas indústrias e um ambiente de baixa inflação. Esses fatores sustentam a continuidade do ciclo de redução de juros do Banco Central Europeu (BCE), como forma de estimular a economia. A manutenção de juros baixos busca o incentivo ao consumo e o investimento, mas a recuperação permanece lenta. O desempenho da economia europeia será observado com atenção, especialmente diante das novas decisões financeiras do BCE.

Queda do Dólar

O dólar encerrou na última sexta-feira cotado a R$ 5,91, representando uma queda de 0,12% no dia e acumulando uma desvalorização semanal de 2,42%. Este foi o maior recuo desde agosto de 2024, refletindo um cenário internacional mais ameno e uma menor aversão ao risco por parte dos investidores. Além disso, a venda de US$ 2 bilhões pelo Banco Central brasileiro em leilão de linha contribuiu para a queda da moeda americana. A desvalorização também favoreceu moedas de mercados emergentes, que aproveitaram o momento para registrar ganhos frente ao dólar.

Intervenção nos Preços dos Alimentos

As propostas do governo brasileiro para reduzir as tarifas de importação de alimentos geraram preocupações no mercado. A medida, anunciada como forma de reduzir os preços ao consumidor, foi interpretada como um possível sinal de maior intervenção estatal na economia. Analistas alertam que ações como essa podem criar ruídos na substituição do governo e desestabilizar a confiança dos investidores. Embora algumas personalidades políticas tenham refutado inicialmente a ideia, as declarações recentes reacenderam o debate. A medida é vista com cautela, pois pode desencadear pressões inflacionárias e afetar a precificação de ativos no mercado doméstico.

Déficit de Transações Correntes no Brasil

As contas externas brasileiras registraram um déficit de transações correntes de US$ 12,6 bilhões em dezembro de 2024. Esse valor reflete a saída significativa de recursos aplicados em fundos, ações e títulos públicos, além de um menor fluxo de capitais estrangeiros para o país . O resultado sinaliza desafios para o equilíbrio das contas externas, especialmente em um momento de maior volatilidade nos mercados globais. A necessidade de financiamento externo aumenta, elevando a dependência do país em relação aos investidores estrangeiros. O desempenho econômico brasileiro será crucial para atrair novos esportes e reduzir os déficits.

Inflação no Brasil (IPCA)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro subiu 0,11%, superando a mediana das expectativas, que apontava para uma queda de 0,01%. O resultado foi impulsionado pelo grupo de alimentação e bebidas, que apresentou as maiores pressões inflacionárias no mês. Por outro lado, o grupo de habitação desacelerou devido à redução nos preços de energia elétrica, influenciada pelo pagamento dos bônus de Itaipu. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA alcançou 4,5%. Apesar do resultado, os analistas seguem preocupados com fatores de risco que podem impulsionar a inflação nos próximos meses.

Taxa Selic e Política Monetária

O Banco Central do Brasil deve anunciar mais uma elevação de 1% na taxa Selic, levando-a para 13,25% ao ano. A decisão reflete a persistência de fatores de risco inflacionários, como a pressão nos preços de alimentos e a volatilidade cambial. Com a alta, o BC busca conter a escalada dos índices de preços e ancorar as expectativas do mercado. No entanto, o cenário económico segue desafiador, com impactos no consumo e no investimento. Uma política monetária mais restritiva é considerada essencial para manter o controle da inflação, mas pode desacelerar o crescimento econômico no curto prazo.

PIB dos EUA e PSI

Os Estados Unidos divulgaram nesta semana os números do Produto Interno Bruto (PIB) referentes ao quarto trimestre de 2024, apresentando insights cruciais sobre o desempenho econômico do país. Além disso, o índice de preços de gastos com consumo pessoal (PSI), principal métrica de inflação monitorada pelo Federal Reserve, também será divulgado. Esses dados são altamente aguardados pelo mercado, pois podem influenciar nas próximas decisões de política monetária do Fed, especialmente em relação à manutenção ou ajuste das taxas de juros. A expectativa é que as informações reflitam o equilíbrio entre o crescimento econômico e o controle da inflação.

Decisão de Juros no BCE

O Banco Central Europeu (BCE) anunciou a sua decisão sobre as taxas de juros no dia 30 de janeiro, num momento em que a economia da Zona do Euro segue enfrentando desafios. A divulgação do PIB do quarto trimestre de 2024, também aguardada nesta semana, deixa mais claro sobre o ritmo de recuperação da região. Com a inflação ainda abaixo das metas e do crescimento econômico fragilizado, os analistas esperam que o BCE mantenha uma política monetária acomodatícia. A decisão do BCE será um indicativo importante sobre os próximos passos para sustentar a recuperação econômica.

Crédito no Brasil

O Banco Central do Brasil divulgou nesta segunda-feira os dados de crédito referentes a dezembro de 2024. Entre os destaques, está o impacto cambial na carteira de crédito de pessoas jurídicas (PJ), especialmente em decorrência da forte desvalorização do real no final do ano passado. O desempenho do sistema financeiro será avaliado com atenção, considerando que a volatilidade cambial pode ter influenciado a demanda por crédito e os níveis de inadimplência. Esses dados servirão como tabela para entender o comportamento das empresas diante do cenário econômico desafiador no Brasil.

Comportamento das Moedas Emergentes

As moedas de mercados emergentes demonstraram valorização na última semana, impulsionadas por uma leve queda do dólar frente às principais divisas globais. Esse movimento reflete um ambiente internacional mais calmo, com menor aversão ao risco entre os investidores. A desvalorização do dólar beneficiou economias emergentes, o que atraiu fluxos de capital e registrou melhorias em suas moedas. A estabilidade no mercado global, somada a perspectivas mais otimistas para essas economias, fortaleceu a confiança dos investidores, diminuiu um cenário favorável para o curto prazo.

IGPM de Janeiro

Nesta semana, será divulgada a medição do Índice Geral de Preços do Mercado (IGPM) referente a janeiro. O indicador é amplamente utilizado para medir a inflação no Brasil, especialmente em contratos de aluguel e outros acordos comerciais. A expectativa do mercado é que os dados do IGPM apresentem novas perspectivas sobre as pressões inflacionárias, considerando os recentes movimentos nos preços de commodities e a volatilidade cambial. O resultado do índice será fundamental para orientar decisões econômicas e financeiras no curto prazo.

Dados do CAGED

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) referentes ao mês passado serão divulgados ao longo desta semana, oferecendo um panorama atualizado do mercado de trabalho formal no Brasil. O desempenho do emprego formal é um indicador-chave para avaliar a recuperação econômica, especialmente em setores estratégicos como indústria e serviços. Os analistas esperam que os números apontem para um saldo positivo, mas moderado, refletindo as dificuldades enfrentadas pelas empresas em um cenário de juros altos e pressão inflacionária. Esses dados serão acompanhados de perto por investidores e investidores públicos.

PIB da Zona do Euro

A divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) da Zona do Euro para o quarto trimestre de 2024 é aguardada com expectativa pelo mercado. Os dados fornecerão um retrato atualizado do desempenho econômico da região, destacando os setores que mais se desenvolveram para o crescimento. Apesar dos sinais de recuperação, a economia europeia enfrenta desafios, como inflação moderada e demanda interna enfraquecida. O resultado do PIB será fundamental para balizar as políticas monetárias do Banco Central Europeu (BCE) e traçar perspectivas para o crescimento econômico em 2025.

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